O ano se vai…
Em marcha acelerada, as páginas da folhinha dançam ao sabor dos ventos que as levam, sabe Deus para onde…
E em sua trajetória os dias tecem uma longa teia de sentimentos, elos, imagens, sensações.
Em sua lida o tempo pulveriza mágoas, constrói lembranças e cicatriza feridas abertas por dias que já se foram…
“De longe todas as serras são azuis” me dizia um querido amigo. De fato, vistas de longe as mazelas do cotidiano são fatos menores.
As lembranças que arquivamos em nosso baú de tesouros vêem de instantâneos capturados ao sabor de nossa disponibilidade emocional de perceber a beleza ou a importância de um momento.
É um fugaz raio de luz em uma face amada, uma palavra doce, a fumaça de um arroz recém preparado, a pergunta inesperada de uma criança, as perdas que enfrentamos, um cheiro que transpira infância, uma florzinha amarela banal ou um trecho de música que nos remete a um passado distante…
E ao olh
Foi um ano diferente. Por um lado uma perda emocional de dificil superação. Pessoas muito queridas estão distantes.
Por outro lado pessoas adoráveis e que fazem a diferença mostram que a vida se recicla como nas estações do ano.
No reveillon, quando o novo ano chegar, reservarei uma taça de champagne a esse ano tão diferente em minha vida. Talvez o ano em que tive mais alegrias em relação a todos os outros. E que também me trouxe dores muito profundas.
Vendo esse ano assim, quase terminando, penso em como a vida escorre célere seus minutos mas sabe nos deixar as necessárias lições.
E olhando para novo ano que está a caminho penso que os sonhos são mesmo o melhor combustível de uma vida.
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